Josh Earnest, secretário de imprensa da Casa Branca, anunciou que “a maior parte do trabalho” já está pronta
Durante uma coletiva com repórteres realizada na tarde de sexta-feira (12), o secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, reconfirmou que o Presidente Obama fará um pronunciamento e usará o seu poder executivo para reformar o sistema migratório até o final do ano. Ele acrescentou que “a maior parte do trabalho” já está pronta.
“Nós estamos em posição de afirmar que a vasta maioria do trabalho já está pronta”, disse Earnest em resposta à pergunta feita por Zeke Miller, da revista Time. “A grande parte do trabalho já está pronta”.
“O trabalho restante estará pronto em tempo suficiente para que o presidente faça um pronunciamento antes do final do ano”, acrescentou. “Ainda há algumas decisões adicionais que precisam ser tomadas”.
Earnest também disse que Obama vem trabalhando com o promotor público geral Eric Holder, do Departamento de Justiça, e o secretário do Departamento de Segurança Interna, Jeh Johnson “há meses” para tomar decisões sobre o que fazer com relação ao assunto. O presidente também tem aceito sugestões de grupos de ativistas, líderes religiosos e empresários.
Semana passada, a Casa Branca anunciou que Obama suspendeu a ação executiva que atualizará o sistema migratório até depois das eleições gerais em 4 de novembro. A decisão representa um esforço em salvar candidatos democratas vulneráveis da possível retaliação por parte de eleitores conservadores. Inicialmente, o presidente havia prometido usar seu poder executivo sobre o tema até o final do verão.
Conhecida por bater recordes na deportação de imigrantes indocumentados, a administração Obama surpreendeu mais uma vez após ele ter anunciado no sábado (6) que utilizaria o seu poder executivo para mudar as leis migratórias somente depois das eleições em novembro. Apesar de defender a reforma migratória, os mais de 2 milhões de estrangeiros deportados durante o seu governo tem feito com que ativistas pedissem a suspensão da política de deportação de Obama e a votação em uma reforma migratória ampla que atualize as leis ultrapassadas do país. Na ocasião, a decisão de Obama dividiu opiniões e pôs em cheque o seu comprometimento com o tema e a vida de milhões de imigrantes indocumentados que residem e trabalham no país.
Logo após o pronunciamento do adiamento da ação executiva para depois das eleições de novembro, vários jornalistas, ativistas e especialistas no tema comentaram a decisão do presidente:
“A decisão do Presidente Obama em atrasar toda ação executiva no que diz respeito aos milhões de imigrantes indocumentados no país até depois das eleições é uma crise política que totalmente uma criação dele. O que Obama e seus conselheiros falharam em levar em consideração foi a retaliação em seu próprio partido para uma ação executiva ampla por um presidente não popular sobre um tema polêmico. Obama impôs uma série de prazos a ele mesmo que a realidade política eventualmente os tornaram impossíveis”, disse Chris Cillizza, do The Washington Post, após a notícia do adiamento da ação executiva.
“O custo humano do atraso é óbvio, mas o resultado político será o mesmo que os conselheiros do presidente esperam? Os republicanos certamente continuarão a concorrer com medo de uma reforma migratória (pessoas de pele marrom), enquanto os eleitores latinos são pedidos novamente para esperarem pacientemente e acreditarem que os democratas farão a coisa certa algum dia. Os ativistas defensores da reforma migratória estão definitivamente infelizes”, disse Laura Clawson, do Daily Klos.
Fonte: Brazilian Voice
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