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Congonhas não é da Gol nem da TAM, diz fundador da Azul

Mesmo com a economia brasileira em recessão técnica, o empresário David Neeleman, fundador da Azul, vislumbra uma fase de crescimento expressivo para sua companhia aérea. O otimismo de Neeleman se explica por uma série de oportunidades que estão se abrindo para a Azul. A empresa vai começar a fazer voos internacionais, quer voar para pelo menos 20 novas cidades no País e ainda espera estrear no disputado Aeroporto de Congonhas.

Se tudo sair do papel – o que depende de o governo aprovar novas regras de ocupação em Congonhas e do lançamento de um plano de estímulo à aviação regional, que prevê o subsídio de voos com recursos públicos -, a empresa pode ampliar em 31 aeronaves sua frota atual, de 138 unidades.

No setor, no entanto, há ressalvas quanto aos planos ambiciosos da Azul. Para boa parte do mercado, tanto o plano da aviação regional quanto as mudanças no aeroporto mais rentável do País foram pensados sob medida para beneficiar a companhia. “Os slots (horário de pouso ou decolagem) em Congonhas não são da Gol ou da TAM. São do governo brasileiro. O governo tem o direito de dar os slots para quem quiser. Se eles querem dar para a gente, não vejo problema nisso”, reage o empresário, de 54 anos.

Em relação a críticas semelhantes quando o assunto é o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, de que o governo teria mudado as regras do aeroporto para beneficiar a Azul, Neeleman dispara contra a concorrência: “Os slots (horário de pouso ou decolagem) em Congonhas não são da Gol ou da TAM. São do governo brasileiro. O governo tem o direito de dar os slots para quem quiser. Se eles querem dar para a gente, não vejo problema nisso. Hoje nós temos muito mais mercado do que a Avianca e eles têm 12 voos diários em Congonhas. E querem mais. A nossa entrada em Congonhas vai aumentar a concorrência, e isso é bom para o mercado”.

O executivo conta ainda que a Azul usará nos voos domésticos os Airbus A330 para ir até Manaus, onde há, segundo ele, necessidade maior de carga, e para Recife, onde a demanda é forte. Neeleman diz que a Azul poderá usar essas mesmas aeronaves para fazer esses voos e os internacionais. Ele diz que a empresa tem, hoje, recursos suficientes para colocar em prática o plano de crescer em todas as frentes, que exige 31 novos aviões na frota. “Estamos ganhando dinheiro. A Azul é lucrativa. Tivemos lucro líquido no ano passado e demos R$ 11 milhões de bônus para os nossos tripulantes”, conta.

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Written by Ricky Terezi

Jornalista, produtor cultural, agora blogueiro, filho de Terezinha e Alvimar.
Natural de Montes Claros-MG. Mora em New York.

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