Quem se alimenta de forma equilibrada, com a ingestão variada de fibras, carboidratos, gorduras e outros nutrientes, tende a evacuar de uma a duas vezes por dia. Quando as refeições saem do normal, as primeiras consequências que notamos estão justamente nas fezes, seja por a frequência de idas ao banheiro mudar (diminuir ou aumentar) ou pela alteração na consistência do cocô (para mais duro ou líquido). Diante disso, fica aquela pulguinha atrás da orelha: de que forma será que as dietas mais populares hoje em dia interferem no cocô nosso de cada dia? Conversamos com as coloproctologistas Maristela Gomes de Almeida, do Hospital Edmundo Vasconcelos e chefe do Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Hospital do Servidor Público Municipal de SP, e Vanessa Prado, cirurgiã e médica do Centro de Especialidades do Aparelho Digestivo do Hospital Nove de Julho, para desvendar esse mistério.
Como funciona: Existem algumas variações, mas o método de jejum intermitente mais adotado é aquele em que é definida uma janela de 16 horas sem comer (aproveitando as horas de sono; beber água é liberado) e de 8 horas em que é permitido se alimentar sem restrições calóricas ou nutricionais. Como afeta o cocô e a evacuação: Considerando que a pessoa coloque no prato e no copo todos os grupos alimentares e se hidrate bem, a consistência das fezes não mudará. Mas o período de barriga vazia acelera o metabolismo, altera o peristaltismo gastrointestinal (os movimentos que fazem o sangue circular e o alimento ser processado no tubo digestivo) e aumenta o número de evacuações ao longo do dia; fazer cocô três vezes ou mais na janela de 8 horas é comum.
Como contornar o que prejudique a evacuação: Caso o intestino fique preso, é necessário dar uma atenção extra à hidratação, beber muita água mesmo. Isso costuma ser o suficiente para regularizar a situação.
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